O bicho chamado complexo de inferioridade
Como as pessoas sofrem com o complexo de inferioridade. Tudo é maior que ela. Tudo é melhor que ela. Ok, estou exagerando um pouco, mas, que uma pessoa que possui complexo de inferioridade não possui liberdade de viver livre, de ir e voltar com tranqüilidade, isso ela não consegue.
Eu vivi isso na minha infância devido ao meu nome, Makoto. Imagine um menino que vivia no sítio e de uma hora a outra vai ao colégio, na época chamada de “pré-primário”. Pois é, quando cheguei à escola, tudo era novo. Mas, o que me marcou foi ter esse nome diferente e ser chamado pelos colegas de “Mocotó”. Lembram-se do Mocotó Imbasa? Pois é, não soube lidar com esse apelido. No primeiro dia do ano letivo seguinte, não queria ir a aula. Eu tinha vergonha desse nome e achava que os novos colegas de classe iriam rir do meu nome. Que dureza.
Os anos foram passando e isso foi me perseguindo. Atender o telefone era emocionante para uma criança de 7 a 8 anos, mas quando do outro lado vinha uma pergunta: _ Com quem eu falo? Do meu lado era um silêncio e do outro lado mais uma rajada: _ Quem está falando? Então eu respondia: _ Makoto. E então, a interjeição que ralava meu coração: _ Hein? Eu respondia: _ Makoto! O sujeito perguntava: Markoto? Makamoto? Mokoto? E a lista até que não era muito grande, mas girava em torno desses.
Inconscientemente na época não gostava de conhecer novas pessoas, justamente por ter vergonha de meu nome. Mas quando eu comecei a trabalhar na Fundação Mokiti Okada, meu novo chefe, no primeiro dia, aliás, no dia da entrevista, disse que meu nome era bonito. Achei estranho, aliás, achei que ele estava zombando de mim, mas o tom de voz não era de ironia. Ele disse que meu nome a priori significava sinceridade. Mas o verdadeiro significado eu conseguiria após saber qual o ideograma do meu nome o “kanji”, o ideograma origem.
Fui atrás dessa informação e descobri que o ideograma escolhido por meus pais e avós significa “Verdade Suprema”. Como fiquei feliz com essa notícia, e senti o amor, carinho deles em escolher um nome tão significativo. Isso ficou maior que a vergonha e transformou-se em admiração.
O complexo de inferioridade? Foi-se. Com isso comecei a lidar com meus complexos, a falta de autoconfiança, que às vezes, em uma situação ela se faz presente, mas aprendi, eu sou o que acredito ser. Procure sempre um lado positivo das situações. É um ótimo início do caminho da superação.
Makoto Yokoyama
FEALTY – Desenvolvimento de Talentos Humanos
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